quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

O consumo é apenas mais uma necessidade.

Não há nada de mais com o consumo, de forma análoga a inexistência de qualquer problema de consumir bebida de álcool. Segundo a Organização Mundial da Saúde, o consumo patológico de álcool, se inicia quando há um empobrecimento de outros interesses além do álcool.

Quando a substância, passa progressivamente a ocupar uma posição de exclusividade no imaginário do sujeito, se incia uma relação problemática com a bebida. É justamente o estreimtamento do campo vivencial em um tema único, o empobrecimento do repertório, que define uma doença.
Nossa civilização de hiperconsumo tem uma vocação de tema único com o consumo. Vivemos um estreitamento do tema, posto que nossa sociedade só tem iniciativas sob o signo do consumo. Com o desaparecimento do estado, devorado pela corrupção e pela performance midiática sem consequencias no mundo real, temos apenas a iniciativa denominada de privada. Assim, no lugar de praças temos "praças de alimentação"; no lugar de bibliotecas, temos livrarias. No lugar de igrejas, temos cinemas. O único campo de resistência a lógica do consumo é a internet, campo da pirataria cultural e dos blogs de idéias, todos de consumo "grátis".

E é neste sentido, no sentido do estreitamento do campo vivencial para um tema único, que somos uma civilização doente. O doentio não esta na qualidade do ato- gostar, desejar ou pensar em consumo- e sim na intensidade única, monotemática desta relação que temos com o consumo. O problema nem esta no fato, desejo ou imaginário do consumo. O problema esta na ausência de qualquer outro propósito para a vida. É um caso estranho de que o problema não esta na obsessão por um só tema, e sim na ausência de qualquer outra preocupação.
A doença do hiperconsumo tem dois determinantes etiológicos: a) um é a anomia do estado, da coisa pública. b) de valores das pessoas, que como em uma civilização radical islÂmica, acredita-ou tem fé- na ideologia do consumismo.

Assim, é desta forma que devemos nos posicionar em contra o consumismo: ententendo que o consumo (comida, roupas, cultura, etc...) é apenas mais uma necessidade. Não entendendo que vivemos para consumir apenas.

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