quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Apontamento sobre José Dirceu


1) Assim como temos o lider carismático e que de fato é um homem de idéias e de encantos, por exemplo Lenin, no mesmo pacote temos um Stalin: sujeito que veio para ficar, sujeito hábil em manter o poder, que das idéias não tem nada que ver, um sujeito que deseja manter o poder pelo poder, uma espécie de oposto do lider carismático

2) Esse modelo do lider carismático que convence o povo e ganha o poder, mas traz consigo o seu inevitável outro lado, o adminstrador do terror opressivo do poder, cabe perfeitamente bem para o binômio Lula/José Direceu. Para cada Lenin, há sempre -indissociavelmente- um Stalin que vem junto. JUnto com o lider genuinamente humanista, há sempre um acessor -um outro (?)- que é o adminstrador frio e pragmático, que será no fim quem de fato vai governar.

3) Para o acessor frio, o estado é um fim. Para o lider carismático, um meio: meio de conseguir fazer real suas idéias. Assaltar as finanças públicas para financiar a permanência no poder, a acusação contra José Dirceu também apelidada de mensalão, é a clara noção de "os meios justificam os meios": Ter o poder seria um meio de mudar o mundo, ficar no poder um meio de seguir no meio.

4) Da experiência da revolução russa, da tomada do poder democrático no Brasil, concluimos que não há construção de socialismo por meio de lideres, sejam revolucionários, sejam democratas. O Petismo em 10 anos não melhorou saúde e -segundo a UNESCO- piorou a educação. O Petismo levou mais dinheiro aos bancos e esta construindo um Cassino-Brasil internacional na Bolsa. O Petismo real não fez socialismo, apenas entregou mais pobres para a sociedade de consumo: pobres com televisão maior, não são pobres saudáveis ou educados ou informados.  São pobres consumistas, que trazem ganhos para o industrial ou chinês que produz a televisão.

5) Assim politico de esquerda ou de direita não se diferencia na realidade: ambos querem o poder pelo poder e farão dele coisa alguma para melhorar a vida das pessoas. Farão tudo para melhorar a vida do capital, seu financiador de campanha.

6) Em outra palavras, esquerda e direita são duas marcas de sabão em pó: apenas fazem estilos publicitários diferentes, mas o foco é o mesmo: vender.

7) A polaridade "esquerda-direita", vamos concluindo, é uma falsa polaridade. A verdadeira polaridade que se apresenta é entre revolução - ou evolução - "com condutores", ou "auto-gerida". Cristo inaugura no ocidente esse conceito do lider condutor. Esse modelo leva posteriormente a figuras como Lenin, Lula, astros da música POP, como os Beatles. Só que Crsito trazia dentro a Sta Inquisição, Lelein trazia Stalin e Lula Traz o José Dirceu. Com o lider libertador, vem junto apenas opressão. O lider, ou o idealismo, traz apenas a tomada do poder, e as ideias se perdem.

8) Assim a verdadeira crise que vivemos não é a crise do idealismo, do desejo de um mundo melhor. MAs é uma crise de  meios. Nunca teremos o idealismo que gostamos, por meio de lideres. A ideia que precisa de um lider para ser realizada, ou não será realizada, ou não é uma boa idéia. Vivemos o desmonte do messianismo.

9) Temos a crise do lider que nos conduz para um mundo ideal. A chegada ao ideal não nos será guiada por um sujeito de forte carisma. É preciso chegar lá ( e lá são os conceitos, que podem ser por exemplo o "amor livre", a paz, a fraternindade, a justiça social, a melhor distribuição de renda) pela participação direta dos que pretendem se beneficair do tal ideal.

10) Neste proceso temos que aprender que qualquer pessoa que se destaque pelo carisma ou pela liderança deveria ser fuzilada. Posto que esta pessoa é a única inimiga capaz de destruir o processo de libertação. Ao fim e ao cabo, não foi um má idéia crucificar o nazareno aquele.

11) nada desta percepções de fato são novas, são o núcleo dos desentendimentos de anarquistas e comunistas no final do século XVIII. Precismao viver todo o XIX para perceber que os comnistas e seu ideal de revolução conduzida (fortemente inspirada na noção de Cristo, olider bom), estavam engandos e que seu modelo não traria o mundo melhor, como não trouxe. Portanto o modelo correto é a revolução auto-gerida, a que o povo não tem lideres, toma para si a tarefa não delegável da libertação. Onde há um lider, aqui tem teremos um descaminho.

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