A putinização
da Candidatura Dilma ou Beltrame será nosso
ministro da Justiça
Dilma no
debate da Band foi franca e direta assumindo que sim, seu projeto de reeleição
é um projeto totalitário. Além de totalitário, o que esse projeto ainda pode
trazer de avanços no campo social ou econômico? O projeto do sindicalismo no
poder é um projeto esgotado, que já não tem mais o que contribuir. Dilma nos
convida para um projeto totalitarista de cunho stalinista. E o que temos a
lucrar em abrir mão de nossas liberdades democráticas, se o sindicalismo nenhum
aporte poderá trazer para o que temos ai no social ou no econômico?
Dilma
propôs uma aventura totalitária de forma explícita no debate da Band. Quem
votar nela, não pode se queixar depois que ela não tenha sido didática e clara no
viés stalinista. Num mesmo debate ela defendeu os famigerados conselhos
paralelos de participação popular, um maior controle da mídia no formato que
Cristina tem imposto ao Clarin na Argentina, defendeu a brutal repressão
policial aos descontentes de 2013 e da Copa, uma constituinte de reforma
política controlada pela escumalha que a ela se aliou (que reforma política
Renan poderia nos dar?). Ela não falou de cooptar movimentos sociais de toda
ordem, seja com dinheiro ou cargos, nem em aparelhar o judiciário com jovens
advogados de porta de sindicatos.
Todos
as “propostas” tomadas juntos apontam para um projeto definido de menor
liberdade democrática, de um estado mais policial, no modelo de nossos mais
novos aliados de BRICs, China e Rússia. Mas
Chineses e Russos ganham algo em troca de abrir mão de liberdades democráticas.
As economias de ambos estão melhores dentro de uma “quase ditadura”. Imagino que o o povo de lá aceite trocar menos
democracia por mais renda. E nós, o que ganhamos em apoiar o Partido dos Trabalhadores
em uma guinada Beltrame- esse nosso Putin- de repressão? O que PTMDB podem nos
trazer de ganho financeiro em troca de nós, eleitores, embarcarmos juntos em um
stalinismo marrom?
Dilma
deixou nossa economia e nossa indústria nacional reduzida a pó. O Brasil de
Dilma é uma Cartago devastada, e seu governo semeou sal sobre nossa matriz
industrial para que nada mais cresça aqui. E favoreceu o agronegócio e Katia
Abreu. Se fez ambos a soldo dos
interesses do imperialismo Chinês não é de se duvidar: afinal nos tornamos os
fornecedores de soja, minério, petróleo para a China, não temos indústria para
competir com eles e ainda compramos os rios de quinquilharias de má qualidade
de matéria plástica que eles produzem. Peitar o imperialismo yanke por vezes
quer apenas dizer se submeter ao imperialismo manchu.
O
que mais um estado totalitário com Cabral de ministro da justiça pode nos
oferecer que valha abrir mão de nossa tão suada democracia conquistada em
décadas de lutas? Essa década petista nos mostrou claramente que o
“sindicalismo” não constrói o socialismo, nem a maior autonomia dos
trabalhadores. O sindicalismo é uma ideologia de curtas pretensões, quer algo
muito material e pouco ambicioso, não é idealista. O sindicalismo tem o mesmo
objetivo da sociedade de consumo, aumentar a renda e o consumo, mas esses
valores não são os que socialmente precisamos. A pauta não atendida na década petista
é a social: justamente saúde, educação e segurança pública não são ambições dos
metalúrgicos que priorizam Tv de plasma, um carro, e um tênis de marca. As pautas sociais não foram e nem serão
atendidas por líderes sindicais pois não são demandas dos seus eleitores, que
querem a entrada no shopping e isso lhes foi dado. E ganho real de renda não
traz, e não trouxe, mais justiça social, apenas mais lucro pro Itau (essa Neca
deve ser meio mal vista pela família em querer a saída do seu maior aliado do
poder, que tanto lucro trouxe pro Itau! ) e mais lucro para as casas Bahias. E
pros industriais chineses.
O
sindicalismo é portanto uma pauta esgotada. Já não há mais avanços ou o que
esperar dele. Não se espera com esse curriculum de desinteresse de 12 anos com
o SUS, que o sindicalismo seja o caminho da implementação no Brasil uma
medicina do padrão da Cuba ou da inglesa. Se o desejo são ganhos em saúde e
educação, não precisamos de totalitarismo sindical para isso. E se era para
aumentar a renda, o que é um mérito, uma década já foi suficiente. Se era para
demolir a indústria, e anarquizar a economia, também. Meu argumento: não se
negocia com terrorista, não se vota em propostas de diminuição de liberdades
democráticas, muito menos se não existe nenhuma sedução econômica ou social que
justifique um governo “forte”.
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