terça-feira, 11 de novembro de 2014

O Fim das Liberdades a Troco Do que?


A putinização da Candidatura  Dilma ou Beltrame será nosso ministro da Justiça

Dilma no debate da Band foi franca e direta assumindo que sim, seu projeto de reeleição é um projeto totalitário. Além de totalitário, o que esse projeto ainda pode trazer de avanços no campo social ou econômico? O projeto do sindicalismo no poder é um projeto esgotado, que já não tem mais o que contribuir. Dilma nos convida para um projeto totalitarista de cunho stalinista. E o que temos a lucrar em abrir mão de nossas liberdades democráticas, se o sindicalismo nenhum aporte poderá trazer para o que temos ai no social ou no econômico?

                Dilma propôs uma aventura totalitária de forma explícita no debate da Band. Quem votar nela, não pode se queixar depois que ela não tenha sido didática e clara no viés stalinista. Num mesmo debate ela defendeu os famigerados conselhos paralelos de participação popular, um maior controle da mídia no formato que Cristina tem imposto ao Clarin na Argentina, defendeu a brutal repressão policial aos descontentes de 2013 e da Copa, uma constituinte de reforma política controlada pela escumalha que a ela se aliou (que reforma política Renan poderia nos dar?). Ela não falou de cooptar movimentos sociais de toda ordem, seja com dinheiro ou cargos, nem em aparelhar o judiciário com jovens advogados de porta de sindicatos.

                Todos as “propostas” tomadas juntos apontam para um projeto definido de menor liberdade democrática, de um estado mais policial, no modelo de nossos mais novos aliados de BRICs, China e Rússia.              Mas Chineses e Russos ganham algo em troca de abrir mão de liberdades democráticas. As economias de ambos estão melhores dentro de uma “quase ditadura”.  Imagino que o o povo de lá aceite trocar menos democracia por mais renda. E nós, o que ganhamos em apoiar o Partido dos Trabalhadores em uma guinada Beltrame- esse nosso Putin- de repressão? O que PTMDB podem nos trazer de ganho financeiro em troca de nós, eleitores, embarcarmos juntos em um stalinismo marrom?

                Dilma deixou nossa economia e nossa indústria nacional reduzida a pó. O Brasil de Dilma é uma Cartago devastada, e seu governo semeou sal sobre nossa matriz industrial para que nada mais cresça aqui. E favoreceu o agronegócio e Katia Abreu.  Se fez ambos a soldo dos interesses do imperialismo Chinês não é de se duvidar: afinal nos tornamos os fornecedores de soja, minério, petróleo para a China, não temos indústria para competir com eles e ainda compramos os rios de quinquilharias de má qualidade de matéria plástica que eles produzem. Peitar o imperialismo yanke por vezes quer apenas dizer se submeter ao imperialismo manchu.

                O que mais um estado totalitário com Cabral de ministro da justiça pode nos oferecer que valha abrir mão de nossa tão suada democracia conquistada em décadas de lutas? Essa década petista nos mostrou claramente que o “sindicalismo” não constrói o socialismo, nem a maior autonomia dos trabalhadores. O sindicalismo é uma ideologia de curtas pretensões, quer algo muito material e pouco ambicioso, não é idealista. O sindicalismo tem o mesmo objetivo da sociedade de consumo, aumentar a renda e o consumo, mas esses valores não são os que socialmente precisamos. A pauta não atendida na década petista é a social: justamente saúde, educação e segurança pública não são ambições dos metalúrgicos que priorizam Tv de plasma, um carro, e um tênis de marca.  As pautas sociais não foram e nem serão atendidas por líderes sindicais pois não são demandas dos seus eleitores, que querem a entrada no shopping e isso lhes foi dado. E ganho real de renda não traz, e não trouxe, mais justiça social, apenas mais lucro pro Itau (essa Neca deve ser meio mal vista pela família em querer a saída do seu maior aliado do poder, que tanto lucro trouxe pro Itau! ) e mais lucro para as casas Bahias. E pros industriais chineses.

                O sindicalismo é portanto uma pauta esgotada. Já não há mais avanços ou o que esperar dele. Não se espera com esse curriculum de desinteresse de 12 anos com o SUS, que o sindicalismo seja o caminho da implementação no Brasil uma medicina do padrão da Cuba ou da inglesa. Se o desejo são ganhos em saúde e educação, não precisamos de totalitarismo sindical para isso. E se era para aumentar a renda, o que é um mérito, uma década já foi suficiente. Se era para demolir a indústria, e anarquizar a economia, também. Meu argumento: não se negocia com terrorista, não se vota em propostas de diminuição de liberdades democráticas, muito menos se não existe nenhuma sedução econômica ou social que justifique um governo “forte”.  

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