quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

O Estado é um fim em si mesmo e portanto não tem sentido



O Estado Brasileiro, em particular o atual, mas qualquer outro, não tem qualquer sentido. Na esfera estadual, municipal ou federal, o Estado é um fim em si mesmo. Não nos aporta qualquer ganho, não muda nada, mantém as bases de um país injusto, não social e de má distribuição. A função do Estado é fechada em si mesma, ele serve para se manter a si.



O discurso político, qualquer um, esta á serviço de nos fazer acreditar que o Estado tem uma função. Por isso que o discurso, o marketing político é tão importante e caro no nosso meio: o discurso político, qualquer que seja o discurso, tem a finalidade final de nos fazer seguindo pagando impostos. De esquerda ou de direita, o único sentido da política em nosso meio é a manutenção da ilusão entre os contribuintes de que faz sentido o Estado. Um discurso inflamado e com “causa” é muito melhor, pois convence as pessoas que existe um “projeto”.



Contudo esse projeto não acontece. Nesse sentido Lula foi um grande avanço para nossa experiência nacional: nem um sujeito cheio de boas intenções e com um “compromisso” com os pobres fez qualquer coisa nova e de real mudança. Muito antes pelo contrário: reavivando o drama inflacionário, contribuiu para o empobrecimento dos pobres e para o lucro de 13% apenas em 2015 do Bradesco. Abandonou a reforma agrária, desindustrializou a nação e nada mudou em saúde e educação, nem em transportes público.



E isso não aconteceu pois o Lulopetismo era um fraude: isso aconteceu pois o Estado nada pode mudar da realidade socioeconômica nacional. A triste experiência Lulista nos mostrou que é ilusão progresso via estatal.



De momento Dilma tem uma cruzada de aumentar impostos, via CPMF. Mas e na década anterior, quando os dinheiros abundavam, nada foi feito via estatal. Qual o ganho que o contribuinte pode almejar pagando mais dinheiro para um Estado que já nada fez quando tinha dinheiro de commodities sobrando? Vamos dar mais dinheiro para um taxista perdido que não sabe para onde vamos?



O Estado nacional não é solução, é antes o problema. Estamos sem Estado de fato, agora seria preciso assumir isso também de direito, com sonegação de impostos. O sentido de pagar impostos no país é manter uma casta estatal bem servida que não traz qualquer contribuição afora para si mesma. E estamos falando de um máquina que retira quase metade do nosso esforço produtivo para si e nada devolve em troca.



Passa por mim um caminhão de lixo com adesivos desgastados: “cidade legal, eu curto, eu cuido”. Não diz o adesivo nada sobre o roubo da licitação do referido caminhão. É um discurso desgastado pois a administração municipal esta em fim de mandato, acaba logo. Já não precisamos mais do discurso confunsional para parecer que existe um projeto político.



A política nesse sentido é exatamente igual a religião: nos leva a crer na realidade de algo que não existe, seja o além, seja um projeto de melhoria, para arrecadar nosso dinheiro, seja via dízimo, seja via impostos. O único sentido da política é ninguém perceber que o Estado não nos serve de nada, serve somente para si, e nos custa uma fortuna.



Portanto, o fim dessa relação sem sentido com essa casta é o único sentido de uma reforma política do interesse do contribuinte, não do político. Menos representação, menor número de políticos, menos estado, privatização. Qualquer reforma política libertadora, nesta perspectiva, é um reforma liberal, anarquista. Mais participação direta, recall de políticos que não tenhamos mais confiança no meio do mandato. Sobretudo não podemos mais confiar na via da política para mudar nossas vidas e nosso país injustos. Tentamos isso com Lula e nada mudou, salvo o matiz do discurso. Bem, e o Triplex do Guarujá. O fim da CPMF, que já foi tentada e nada aportou para saúde, junto com uma diminuição expressiva da carga tributária e de metade do tamanho do Estado. Isso foi o que aprendemos desses anos 13 de desilusão petistas: quem defende esse protocolo na próxima eleição terá meu voto.

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