O Estado
Brasileiro, em particular o atual, mas qualquer outro, não tem qualquer
sentido. Na esfera estadual, municipal ou federal, o Estado é um fim em si
mesmo. Não nos aporta qualquer ganho, não muda nada, mantém as bases de um país
injusto, não social e de má distribuição. A função do Estado é fechada em si
mesma, ele serve para se manter a si.
O discurso
político, qualquer um, esta á serviço de nos fazer acreditar que o Estado tem
uma função. Por isso que o discurso, o marketing político é tão importante e
caro no nosso meio: o discurso político, qualquer que seja o discurso, tem a
finalidade final de nos fazer seguindo pagando impostos. De esquerda ou de
direita, o único sentido da política em nosso meio é a manutenção da ilusão
entre os contribuintes de que faz sentido o Estado. Um discurso inflamado e com
“causa” é muito melhor, pois convence as pessoas que existe um “projeto”.
Contudo esse
projeto não acontece. Nesse sentido Lula foi um grande avanço para nossa
experiência nacional: nem um sujeito cheio de boas intenções e com um “compromisso”
com os pobres fez qualquer coisa nova e de real mudança. Muito antes pelo
contrário: reavivando o drama inflacionário, contribuiu para o empobrecimento
dos pobres e para o lucro de 13% apenas em 2015 do Bradesco. Abandonou a
reforma agrária, desindustrializou a nação e nada mudou em saúde e educação,
nem em transportes público.
E isso não
aconteceu pois o Lulopetismo era um fraude: isso aconteceu pois o Estado nada
pode mudar da realidade socioeconômica nacional. A triste experiência Lulista
nos mostrou que é ilusão progresso via estatal.
De momento
Dilma tem uma cruzada de aumentar impostos, via CPMF. Mas e na década anterior,
quando os dinheiros abundavam, nada foi feito via estatal. Qual o ganho que o
contribuinte pode almejar pagando mais dinheiro para um Estado que já nada fez
quando tinha dinheiro de commodities sobrando? Vamos dar mais dinheiro para um
taxista perdido que não sabe para onde vamos?
O Estado
nacional não é solução, é antes o problema. Estamos sem Estado de fato, agora
seria preciso assumir isso também de direito, com sonegação de impostos. O
sentido de pagar impostos no país é manter uma casta estatal bem servida que
não traz qualquer contribuição afora para si mesma. E estamos falando de um
máquina que retira quase metade do nosso esforço produtivo para si e nada
devolve em troca.
Passa por mim
um caminhão de lixo com adesivos desgastados: “cidade legal, eu curto, eu cuido”.
Não diz o adesivo nada sobre o roubo da licitação do referido caminhão. É um
discurso desgastado pois a administração municipal esta em fim de mandato,
acaba logo. Já não precisamos mais do discurso confunsional para parecer que
existe um projeto político.
A política
nesse sentido é exatamente igual a religião: nos leva a crer na realidade de
algo que não existe, seja o além, seja um projeto de melhoria, para arrecadar
nosso dinheiro, seja via dízimo, seja via impostos. O único sentido da política
é ninguém perceber que o Estado não nos serve de nada, serve somente para si, e
nos custa uma fortuna.
Portanto, o
fim dessa relação sem sentido com essa casta é o único sentido de uma reforma
política do interesse do contribuinte, não do político. Menos representação,
menor número de políticos, menos estado, privatização. Qualquer reforma
política libertadora, nesta perspectiva, é um reforma liberal, anarquista. Mais
participação direta, recall de políticos que não tenhamos mais confiança no
meio do mandato. Sobretudo não podemos mais confiar na via da política para
mudar nossas vidas e nosso país injustos. Tentamos isso com Lula e nada mudou,
salvo o matiz do discurso. Bem, e o Triplex do Guarujá. O fim da CPMF, que já
foi tentada e nada aportou para saúde, junto com uma diminuição expressiva da
carga tributária e de metade do tamanho do Estado. Isso foi o que aprendemos
desses anos 13 de desilusão petistas: quem defende esse protocolo na próxima
eleição terá meu voto.